Reportagem Gazeta do Povo: Mas eu me mordo de ciúmes

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Hugo Harada / Gazeta do Povo / O casal Ricardo e Daniele Pinto faz questão de levar a filha Rafaela, de 1 ano, nos passeios com a weimaraner Gipsy e a dobermann Caveira: tudo para integrar os animais à criançaO casal Ricardo e Daniele Pinto faz questão de levar a filha Rafaela, de 1 ano, nos passeios com a weimaraner Gipsy e a dobermann Caveira: tudo para integrar os animais à criança

ANIMAL

Mas eu me mordo de ciúmes

Com a chegada de um bebê, o animal de estimação pode se sentir rejeitado em meio às mudanças. Saiba como preparar o pet para a chegada do novo membro da família

27/01/2013 | 00:14 | ANA LUIZA PRENDIN, ESPECIAL PARA A GAZETA DO POVO

De repente, a casa começa a ganhar objetos estranhos que não faziam parte da decoração. Berço, cadeirão, roupas minúsculas e pacotes de fraldas passam a “invadir” o espaço antes todo dominado pelo animal de estimação. E quando finalmente o recém-nascido chega ao lar, não é raro o pet se sentir rejeitado e com ciúmes. “O animal pode se isolar, parar de brincar e até mesmo ficar agressivo”, explica a médica veterinária Bianca Ricci Borba, do Hospital Veterinário Batel.

Para evitar que o cão ou o gato sofram com a vinda do pequeno, é importante manter os carinhos e passeios de antes para que ele não associe a criança com o distânciamento do dono. “As limitações dos lugares onde o pet pode circular devem ser feitas antes do nascimento”, acrescenta a terapeuta comportamental Daniele Graziani.

Prepare seu companheiro

• A terapeuta comportamental Daniele Graziani dá algumas dicas para que o pet conviva em harmonia com o bebê.

• Se o animal não tem familiaridade com crianças, é interessante fazer com que ele tenha algum contato antes da vinda do recém-nascido.

• Durante a gravidez, espalhe brinquedos, o carrinho e outros acessórios de bebê pela casa. Desta forma, ele vai se acostumando aos poucos com as novidades.

• Se o cachorro fica irritado quando alguém mexe na sua comida, procure treiná-lo para que mude o comportamento. O pote de ração é alvo certo da curiosidade nos primeiros meses do seu filho.

Arquivo pessoal

Arquivo pessoal / Com apenas 7 meses, Vitor Antonio Albanez se diverte com o buldogue francês BorisAmpliar imagem

Com apenas 7 meses, Vitor Antonio Albanez se diverte com o buldogue francês Boris

Convivência

Apesar de Caveira, uma dobermann de 7 anos, e Gipsy, uma weimaraner de 4 anos, ficarem para fora de casa, o empresário Ricardo Pinto faz questão que elas convivam com a filha Rafaela, de 1 ano. Seja na hora de dar uma volta na quadra ou brincar no quintal, ele e a esposa, a bancária Daniele Pinto, procuram momentos para reunir todos. “A Rafa tem apenas 1 ano, mas já percebo que adora animais”, observa o pai.

Também é interessante que os animais de estimação, principalmente, os gatos, conheçam o cheiro do bebê antes dele chegar, com uma peça usada na maternidade. “Assim, a criança não será um estranho no lar”, salienta o médico veterinário Carlos Leandro Henemann.

A advogada Maria Beatriz Cestaro Albanez conta que incluir Boris, um buldogue francês de 4 anos, na fase de gravidez foi essencial para que ele não estranhasse o primogênito Vitor Antonio, hoje de 7 meses. “Deixava o Boris cheirar minha barriga e as coisas do Vitor. Hoje, eles são inseparáveis.”