Autor: <span>Daniele Graziani</span>

Atualmente os cães e gatos estão com uma longevidade maior e com isso estão ficando idosos em nossos lares e sofrendo as mesmas dificuldades que nós com a idade avançada

Uma doença que pode ocorrer nos animais idosos é a síndrome da disfunção cognitiva (SDC), também conhecida como Alzheimer canino ou felino. Essa doença causa algumas alterações que prejudicam a qualidade de vida dos nossos velhinhos e que por se apresentarem de forma sutil e progressiva, pode facilmente passar despercebida ou ser tratado simplesmente como “coisas da idade”.

                Os cães, assim como outros animais, possuem a necessidade de estimular a mente e o corpo, um animal confinado, seja em um apartamento ou um quintal tenderá a ficar estressado, entediado e frustrado. Comparando conosco, seria semelhante a uma pessoa presa a uma rotina sem nenhuma variação, a tendência é esta sofrer algum transtorno psicológico, com os cães não é diferente. A melhor forma de quebrar a rotina deles é através de enriquecimento ambiental e passeios, pois a rua traz diversos estímulos olfativos, auditivos, visuais e emocionais.

Um experimento reprovável utilizando cães, realizado em 1965 pelo psicólogo Martin Seligman, da Universidade da Pensilvânia, mostrou como o uso de aversivos pode gerar o desamparo aprendido. Uma situação que causa stress e depressão em cães e que pode facilmente não ser notado.

Todas as espécies apresentam uma fase da vida em que passam pela socialização. É a fase em que os animais buscam ativamente o contato com tudo e todos. É nesse momento que o filhote descobre aquilo que é seguro e o que não é, e tiram conclusões que afetarão suas reações por toda a vida adulta, nesta fase o cérebro em formação é moldado de acordo com o ambiente que o animal vive, ou seja, um ambiente empobrecido de estímulos moldará um cérebro que não será capaz de lidar com a abundância destes, presente em outro ambiente.

Qual a diferença entre essas duas fotos acima? Você acha que um dos cães é engraçadinho e o outro assustador? Se reparar bem, ambos estão demonstrando exatamente a mesma postura,…

Imagine que um belo dia você acorda em um outro planeta, com seres estranhos, eles andam com uma perna só, são grandes, altos, emitem sons estranhos e se comunicam com uma língua que você não compreende. Você esta com fome e apurado para usar o banheiro. Você esta em um lugar fechado por paredes, com objetos estranhos, mas não encontra nada parecido com um banheiro. Em sua busca encontra algo muito parecido com um vaso sanitário e o usa, ufa, que alivio! De repente surge um dos seres estranhos, agarra você, esfrega seu rosto nas suas excretas, grita sons que você não entende e o leva pra um quarto diferente. Sem entender nada, chateado e com medo, depois de um tempo você sai daquele local devagarinho e observa se encontra alguém…  ninguém… ótimo!

Animais com acusia apresentam dificuldade de aprendizagem e de interação com o proprietário, na medida que a forma de interação entre estes é em grande parte dependente de sons, como chamar, parabenizar, repreender, e a maior parte dos comandos são exclusivamente verbais ou tem forte componente verbal, na presença da voz e no seu timbre. Como os cães surdos são freqüentemente considerados não adestráveis, o objetivo deste trabalho foi de viabilizar uma comunicação mais completa entre proprietário e cão surdo com o uso de linguagem de sinais, tato e o olfato.

Veja abaixo um vídeo mostrando os comandos ensinados ao Elvis, um dogo Argentino que nasceu surdo: