A SAS (síndrome da ansiedade por separação) acomete muitos cães atualmente. Ela é caracterizada por comportamentos manifestados pelo animal por não saber lidar com o afastamento de sua figura de apego. Comportamentos depressivos, destrutivos, latidos ou uivos em excesso, micção e defecação em locais inapropriados, salivação, arranhar portas de saídas até se machucar ou destruí-las e até mesmo vômito e diarréia podem estar relacionados a essa síndrome.
Muitos adestradores sabem como tratá-la hoje em dia, há vários textos que basicamente falam a respeito de dessensibilização e contracondicionamento. Ou seja, é preciso trabalhar os gatilhos , evitar que o animal fique sozinho, melhorar o enriquecimento ambiental, não valorizar chegadas e saídas, reforçar o comportamento calmo e independente. Bem, acho que isso resume as técnicas que envolvem o trabalho com esses animais.
Por que nem sempre é possível alcançar o efeito desejado?
Alguns animais entram em pânico diante dos gatilhos e reduzir a intensidade deles pode ser impossível diante do contexto familiar. Sem falar que, por mais que você realize o contracondicionamento dos gatilhos, eles poderão ainda estar ocorrendo na rotina familiar diária, de forma que os gatilhos acabem causando ora ausência da figura de apego, ora não, o que não ajuda no tratamento da ansiedade. Outro problema comum é a dificuldade da família em nunca deixar o animal sozinho.
Todas essas dificuldades e mais as características da própria síndrome fazem com que, com frequência, o tratamento seja a longo prazo. Fato que pode representar maior custo no tratamento e a desmotivação dos tutores a respeito do tratamento.
Que tal trabalharmos juntos?
O acompanhamento desses pacientes com a união do trabalho do adestrador com uma veterinária comportamentalista, permite a utilização de medicamentos que auxiliam no controle do pânico e ansiedade desse animal. Dessa forma ele estará mais acessível para a aplicação das técnicas de manejo propostas pelo adestrador. O trabalho em conjunto nos permite trazer o conhecimento de ambos no benefício do tratamento da SAS.